terça-feira, 17 de abril de 2012

A Era das Compras Virtuais

O crescimento da internet, além da interatividade, trouxe várias características, uma delas é a compras online. Esse tipo de transação comercial se proliferou através de sites especializados, tais como Submarino, Mercado Livre, entre outros.

Os consumidores 2.0, como são chamados os consumidores da era virtual, representam um amplo nicho de mercado, inclusive são consumidores bastante seletivos em relação a quem estão se comunicando e quais informações estão sendo prestadas na web.

O dentista Bruno Koller, 38 anos, afirma que utiliza muito a internet, especialmente para comprar livros. “Eu uso a web porque ela é uma fonte de livros raros voltados para todos os segmentos, seja da literatura de ficção ou da minha área de trabalho, a odontologia”, afirma Koller.

Apesar do alto número de sites e possibilidades oferecidas pelo mercado virtual, nem todos são adeptos das compra online. Kátia Lima, 24 anos, estudante de direito, utiliza a internet com pouca frequência. “As poucas vezes que eu utilizei a internet para compras, foi para adquirir CDs e DVDs”, diz a estudante.

Algumas pessoas de mais idade ainda enxergam a internet como um território desconhecido e pouco confiável. Um exemplo é a dona-de-casa Margareth Bender, 56 anos. “Meus filhos já compraram celulares e fones de ouvido por computador, mas eu não. Eu ainda não conheço tudo sobre internet”, completa Margareth.

As compra online, seja pela praticidade ou a rapidez proporcionada por um apenas um clique no produto escolhido, marcam uma nova tendência no consumo atual.

                                                                                                                                por Fernando Rodrigues

Compras online oferecem novidades aos consumidores

   Acessibilidade, comodidade, facilidade, praticidade, rapidez e variedade. Essas são algumas das regalias que o internauta que consome produtos de lojas online pode desfrutar. Privilégios que são fruto do aumento e aceitação dessa nova ferramenta que a era digital nos permite fruir.

   Esse novo comércio tem apresentado grandes índices de crescimento no Brasil e no mundo. Um fator determinante para que muitos preferiram as lojas físicas, é a falta de segurança na realização da compra online. Apesar disso, muitos consumidores ainda se sentem inseguros na realização de compras através de lojas online. 

   Esse aumento instantâneo é resultado das inúmeras vantagens que esse serviço oferece ao seu consumidor. A facilidade em encontrar o produto desejado e a maior disponibilidade ao acesso de informação são fatores que colaboram para o maior aumento desse mercado.

   A estudante Alicia da Silva Abrão, 24 anos, afirma que um dos proveitos é poder efetuar a compra rapidamente: “Você não precisa encarar filas enormes no caixa ou esperar um vendedor disponível. E ainda tem o beneficio de poder comprar no horário que desejar”.

   Já o dentista Diogo Lima, 33 anos, sintetiza que o menor preço favorece o mercado: “Pode pesquisar pelo melhor preço de um produto e além do ganho de às vezes poder pagar mais barato por produtos de outros países”.

   Embora haja uma grande parte do público que opta pelas compras coletivas, ainda há uma quantia que prefere o mercado tradicional. Alegam que o não poder ver fisicamente o produto acaba atrapalhando na hora da compra. É o caso da publicitária Fernanda Castanho Sanchez, 27 anos: “Não há como mexer no produto fisicamente, muito menos experimentá-lo. Essa é uma das desvantagens da compra. Por isso escolho as lojas físicas”. 

   O aposentado Vlademir Machado Silveira, 59 anos, cita que a grande demora para o item chegar até a residência faz com que a compra em loja física seja preferível. “Eu vou à loja e já saio com o produto. Caso eu compre pela internet, terei que esperar dias ou semanas, o que acaba dificultando”, finaliza Vlademir.

  O perfil desses consumidores são pessoas mais jovens, aquelas que cresceram com esse desenvolvimento do mundo online. Mas não são descartadas as outras faixas etárias que também estão marcando presença nas compras online.

   A internet tem possibilitado um universo infinito de escolhas para os seus consumidores. Apesar de seus contras, os “pros” estão destacados como resultado dessa nova maneira que vem revolucionando o modo da população se portar diante das compras.

Por Renata Medina

terça-feira, 10 de abril de 2012

Uma ciclovia quase pronta para os moradores de Camobi

A construção da ciclovia da avenida Roraima está em processo final. Ela vai do posto de Bombeiros, no trevo da BR 287, até a entrada da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A via tem 645 metros de extensão. A inauguração estava prevista para o mês de março, mas está atrasada há quase 15 dias.

O projeto é fiscalizado pela Pró-Reitoria de Infraestrutura da UFSM. Segundo o pró-reitor Valmir Brondani, se o número de usuários for satisfatório, há possibilidade de estender a obra para dentro do campus. A construção de uma ciclovia deverá tornar o trajeto mais seguro.

A ciclovia da Federal, como é conhecida, não é a primeira de Santa Maria. A via pavimentada localiza-se no Bairro Boi Morto. Ela é uma iniciativa do Exército Brasileiro e tem 25 Km de extensão. Lá é realizado o Portal Aventura, um projeto que estimula os esportes radicais.

Ambas iniciativas são do Governo Federal e não há expectativa de aplicação para o município. O secretário de Controle e Mobilidade Urbana, Miguel Pasini, explica que não há projetos semelhantes para a cidade. “As ruas não são propícias para este tipo de construção”, ele afirma.

“Todos os dias sou motorista, ciclista e pedestre. Não vejo a falta de espaço como principal problema, para mim o pior é a falta de respeito” comenta o radialista Fabiano Oliveira. Ele aprova a construção de ciclovias, mas acha que antes é necessário educar as pessoas.

  Por Anarayna Barreto Goerch   

Nada mais do que a verdade


                                         Foto: http://santamariafoto.blogspot.com.br

A partir do dia primeiro de abril de 1964, o país escreveu um capítulo conturbado na sua história. Foram duas décadas nas mãos dos militares. Após 48 anos, o governo brasileiro elaborou a Comissão da Verdade, que tem por objetivo apurar os crimes cometidos pelo exército durante os “anos de chumbo”.

A ditadura militar é um período nebuloso na história do Brasil. Ainda existem muitas perguntas e dúvidas quanto ao acontecimento daquele momento obscuro da política brasileira. A professora de filosofia Karina Franco, 36 anos, considera que as atrocidades cometidas pelo exército naquela época devem ser investigadas. “Varrer a sujeira para baixo do tapete é ser conivente com os crimes e as torturas”, diz Karina.

A sobrinha do ex-presidente Jânio Quadros, a jornalista Helena da Silva Quadros, 83 anos, foi presa aproximadamente 10 vezes durante o regime militar. Helena já trouxe no sangue a vontade de lutar por um país mais democrático e transparente, já que ela se afiliou ao partido comunista com 16 anos. Ela conta porque decidiu se exilar na Bolívia:

“Como estava havendo muitas prisões decidi ir morar na Bolívia. Saí no final de 1964, achando que o período de ditadura iria durar um ano e depois eles fossem convocar eleições, e assim, eu voltaria para cá. Mas fui proibida de voltar ao Brasil”.

Além das torturas sofridas durante o período em que ficou presa no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) do Rio de Janeiro, como queimaduras de cigarro espalhadas pelo corpo, teve de conviver com péssimas condições de higiene, junto de ratos e baratas. A jornalista ainda salienta que ficou frente a um pelotão de fuzilamento no Peru, onde sofreu com um simulador de fuzilamento, sendo um dos piores momentos vividos por ela durante a época.

A Comissão da Verdade é um tema que desperta polêmica, pois coloca o dedo em uma ferida que muitos querem esquecer. “O nacionalismo exacerbado é um pensamento típico de regimes fascistas. Os crimes cometidos pela ditadura em nome da pátria não são diferentes das barbaridades perpetuadas pelo nazismo ou comunismo”, declara a professora de filosofia.

A ditadura militar, devido a crimes e demais atrocidades cometidas, é um capítulo da história que alguns desejam que se torne página virada. Porém, é necessário olhar para trás para que os erros do passado não ocorram no presente e que os torturadores não passem impunes aos crimes cometidos.






Por Fernando Rodrigues e Renata Medina